Realizada nos dias 22 a 30 de Janeiro de 2016 a 19ª Mostra de Cinema de Tiradentes exibiu mais de 100 filmes brasileiros entre três espaços de exibição na cidade: Cine BNDES na Praça no Largo das Fôrras, a Cine-Tenda no Largo da Rodoviária e o Cine-Teatro no Centro Cultural Yves Alves, o Sesi Tiradentes. Neste ano a Mostra definiu o tema “espaços em conflito” para a discussão, manejando os filmes entre pequenas mostras durante todos os dia e na maioria das vezes de nível competitivo.
O maior vencedor da Mostra foi “Jovens Infelizes ou um Homem que Grita Não É um Urso que Dança”, premiado com o Troféu Barroco da Mostra Aurora, a principal premiação do festival. Em Jovens Infelizes é abordada encenações teatrais, conflitos urbanos, anarquia. O filme é dirigido pelo paulistano Thiago Mendonça, que dedicou a vitória aos movimentos sociais e o poder que eles podem ter encontrado no cinema. O favorito da crítica era “Animal Político” do pernambucano Tião em que o personagem principal é uma vaca.
TRAILER Jovens infelizes ou Um Homem que Grita Não é Um Urso que Dança from Memória Viva on Vimeo.
Na Mostra Transições o melhor longa eleito pelo Júri Jovem foi “Tropykaos” do baiano Daniel Lisboa que conta a história de Guima, um poeta em crise que mora em Salvador e sofre com altas temperaturas do verão e acredita sofrer de uma doença chamada “ultra violência solar” causada pelo excessivo calor, e decide partir em uma longa jornada de autoconhecimento em busca de um ar-condicionado.
O que agradou o júri popular foi o filme documentário “Geraldinos” do Pedro Asbeg e Renato Martins que retrata a rotina das pessoas que iam ao Maracanã na famosa Geral, lugar destinado ao povão. O filme destaca as mudanças na reforma do estádio que ocorreram em 2010. A crítica presente é a de que após a reforma do estádio foi decretado o fim de uma ideia que era um espaço para todos e sim mais um modelo etilista de espetáculo da cidade. O filme teve início em 2005, o ano em que a notícia que o setor da geral iria acabar no Maracanã.
Vencedor de melhor curta pelo Canal Brasil foi “Eclipse Solar” de Rodrigo de Oliveira. Curta em que três trabalhadores se reúnem em torno da preparação de uma festa num museu, que aparentemente desconhecidos, os contatos entre os três revelarão implicações profundas no passado. O Melhor Curta da Mostra Foco pelo Júri da Crítica foi o carioca “Noite Escura de São Nunca” de Samuel Lobo, deixando claro que certas noites nunca amanhecem.
“Madrepérola” de Deise Hauenstein foi eleito pelo Júri Popular o melhor curta. Um filme universitário gaúcho contando o que algumas mulheres pensam sobre padrões de beleza que são ditados na sociedade atual. Hauenstein trata essas mulheres como pérolas, “Em uma maré alheia à diversidade, vivem ostras que são afetadas por serem consideradas fora dos padrões e medidas. Essa é a história sobre como as pérolas se formam.”. Um curta documentário que foi exibido no Cine BNDES na Praça e foi calorosamente aplaudido.
Madrepérola - Teaser from Clara Moraes on Vimeo.
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Escrito por Mariana Bassetti
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