Por Caio Braga Pimenta
O documentário de Maria Augusta Ramos, “Amigo Secreto” (2022), foi exibido na Semana de Cinema e Política do curso de Cinema e Audiovisual da PUC Minas e traça um histórico da Operação Lava Jato sob o ponto de vista dos jornais The Intercept e El País. Acompanhando os atores mais importantes do processo de 2017 a 2021, o filme considera que tal contexto ainda influencia a política nacional.
Maria Augusta Ramos apresenta os fatos como se tivesse esquecido câmeras ligadas nos espaços filmados. Vemos Leandro Demori, do The Intercept Brasil, Carla Jimenez, Regiane Oliveira e Marina Rossi, do El País Brasil colaborando entre si pela publicação da série de reportagens chamada Vaza Jato quando comunicações entre o ex-juiz Sergio Moro, o ex-Procurador da República Deltan Dallagnol e outros da força-tarefa vieram à superfície.
Da importância de um jornalismo convicto nesse cenário, o filme tem muito a falar. O documentário pondera se um viés para descrever esse trecho da história tem lugar, e responde positivamente através de uma presença de jornais com posições bem definidas sobre o desmascarar político do processo.
No fim do filme há um sentimento pouco esperançoso compartilhado pelos redatores. Os personagens se sentiram manipulados pelos documentos oficiais e presença de censores e enxergam grande dificuldade do jornalismo numa era de descrença, desconfiança e anti verdade.
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