Na última segunda (25), o CEIS realizou
mais uma edição do Bate Papo no Intervalo, às 15h na sala Multimeios,
prédio 13 da PUC Minas - Coração Eucarístico. Desta vez, o casal de cineastas André
Semenza e Fernanda Lippi foram os convidados e falaram sobre o seu
mais recente filme, o longa-metragem Onde o Mar Descansa (Sea
without Shore).
Inicialmente, a diretora e bailarina Fernanda Lippi, que também atua como atriz em sua obra, convidou os alunos e todos os presentes a prestigiar o filme, indo ao cinema. Apesar de ter estreado oficialmente em 2015, o longa chegou ao Brasil apenas em abril deste ano e, atualmente, está em cartaz no Cine Belas Artes. A diretora aproveitou ainda a oportunidade para debater com os presentes sobre o papel dos estudantes do curso de Cinema diante das dificuldades que o mercado cinematográfico nacional se encontra. De acordo com Fernanda, os alunos deveriam frequentar as salas habitualmente, prestigiar os filmes e movimentar o mercado. Ela ainda reforçou, ao dizer que a crise atual pela qual passa o país, não deve ser encarada como motivo de desânimo mas, ao contrário, como elemento criativo, tal como aconteceu em crises econômicas no passado, quando o mundo entrava em graves crises e, mesmo assim, foram períodos extremamente criativos para a produção cultural.
Bate Papo no Intervalo - Fernanda Lippi e André Semenza |
Em relação ao filme, os diretores ressaltaram
detalhes importantes sobre a filmagem, mencionaram as peculiaridades do
projeto, da inclusão da dança como fator de condução da trama e da emoção desta
dança que ultrapassa os limites do próprio filme, ou mesmo da arte. Os autores
revelaram que receberam influências de movimentos artísticos literários do
século XIX, tais como o decadentismo e o esteticismo, especialmente através de
poemas.
Segundo André Semenza, Onde o Mar Descansa é
uma ficção experimental, que conta a história de um amor entre duas mulheres na
Suécia rural e todas as circunstâncias que cercam este romance. A escolha da
Suécia para as filmagens também foi objeto do Papo. Os cineastas narraram
passagens peculiares sobre a ação de filmar em temperaturas muito baixas, que
levavam o corpo das atrizes ao limite extremo durante o inverno, o que requeria técnicas específicas de atuação.
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