Especialista
em imagem digital, a fotógrafa e diretora de audiovisual - Janaína Patrocínio
apresentou, no dia 7, uma das primeiras oficinas do Fica 13: “Gamificação: a
relação e o impacto dos games na linguagem audiovisual”. A oficina aconteceu no
Laboratório de Publicidade e Propaganda do prédio 42, PUC Minas. O tema central
da oficina foi a relação que pode se estabelecer entre jogo e audiovisual.
Na
primeira metade da oficina, Janaína explicou alguns conceitos de termos que logo
mais iria trabalhar, tais como jogo, gamificação e videogame. Ela baseou-se em
seus estudos sobre autores como o historiador Johan Huizinga, além de Gabe
Zichermann e Christopher Cunningham. Janaína explicou o jogo como sendo uma
atividade voluntária exercida dentro de determinados limites de tempo e espaço,
devendo haver regras livremente consentidas e dotado de um fim em si mesmo. Em
sua opinião, essa atividade é acompanhada de um sentimento de tensão e alegria,
com intuito de oferecer algo que se diferencie da vida cotidiana.
Aproveitando-se
desta conceituação, Janaína relaciona o próprio jogo com o significado de
gamificação, que tem como base a ação de se pensar em um jogo, que utiliza as
sistemáticas e mecânicas do ato de jogar em um contexto fora do jogo. O uso
prático da ideia de jogo, vem ganhando força nos últimos anos, principalmente
por indústrias que querem aliar a aprendizagem e o entretenimento. Ela explica
que as pessoas são motivadas a jogar por 4 razões específicas: obter o domínio
de determinado assunto; aliviar o stress; entretenimento ou um meio de
socialização. Dessa forma, é um elemento essencial explorado pela gamificação,
que hoje está muito presente no meio audiovisual. “Jogos são capazes de
promover contextos lúdicos e ficcionais na forma de narrativas, imagens e sons,
favorecendo o processo de aprendizagem” - reforça a especialista.
Já na parte final da
oficina, interagindo com estudantes, Janaína ilustrou o papel de comunicação e linguagem
que a gamificação exerce e ainda indicou aos participantes sites que serviriam
para exemplificar esse processo.
Após a oficina, o CEIS ainda conversou com Janaína:
Após a oficina, o CEIS ainda conversou com Janaína:
Janaína interagindo com os estudantes Foto: Ana Luisa Santos |
1. Qual vantagem leva uma pessoa que cresceu influenciada tanto
pelo cinema quanto pelos games?
“Os games ajudam na fluência
em todas as linguagens audiovisuais, as pessoas que têm contato e que conhecem
os games têm maior facilidade na construção de uma narrativa visual e sonora. [Os games]
ainda atuam no sentido de provocar uma experiência no espectador (essa experiência
pode ser interativa que é o caso do game ou não interativa como propõe o cinema).
Além disso, quem tem essa relação com os games, consegue abstrair e usar uma
linguagem menos clássica, careta e limitada. Os games também proporcionam uma
escalada de realismo até atingir o hiper-realismo do cinema.”
2.O crescimento da indústria do cinema influência no crescimento da indústria dos games?
“Eu acho que é um pouco
o inverso. A indústria do cinema já foi a maior indústria de entretenimento do
planeta, hoje é a dos games. Os profissionais do cinema estão migrando para o
game, então você tem roteiristas, diretores de fotografia e editores de vídeo,
entre outros que atuam somente na indústria de games.”
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